sexta-feira, 3 de dezembro de 2010 | | By: BestOfFutebol

Benfica vs Olhanense 2-0

Novo maestro, mas muito menos música, no regresso do Benfica à Luz. Jorge Jesus trocou Carlos Martins por Aimar, mas a orquestra não acompanhou o argentino e a exibição encarnada foi muito menos colorida que a de Aveiro com o Beira Mar. A vantagem, ao descanso, também era magra, mas, diga-se, não se justificava mais para quem tão pouco fez. O segundo tempo trouxe mais um golo, mas o que fez foi confirmar a exibição pálida dos campeões nacionais.

O Olhanense apresentou-se perigoso nos momentos iniciais na Luz. A equipa vinha de cinco jogos sem ganhar e queria inverter a tendência. Primeiro Roberto não deixou, depois o Tacuara Cardozo resolveu e entrou directamente para a História do Benfica, com a ajuda grande de Moretto. No dia em que regressou à Luz, o guarda-redes foi pouco feliz. Talvez nas bancadas poucos o estranhassem, de facto, porque o brasileiro nunca foi consensual por estas bandas.

Pouco consensual foi (ainda é?) também Roberto, que brilhou em lance na cara de Carlos Fernandes e depois a livre de Jorge Gonçalves. O «portero» segurava o nulo; o ritmo que o Benfica metia no encontro também. Não havia desequilíbrios de Coentrão, não havia ligação de Saviola com Aimar, e ora havia Gaitán, ora não. O que havia era David Luiz na defesa, a segurar o que de bom o Olhanense construía. O primeiro tempo terminou com 1-0 no marcador, mas o destaque na Luz era o pouco público, que não se cansou de apoiar uma equipa que tinha menos jogo que aquele que lhe é exigível.


1ª Parte:


Dados iniciais do segundo tempo: Carlos Martins entrou para o lugar de Gaitán e Paulo Sérgio marcou. O camisola 23 do Olhanense sorria, sorria e sorria de alegria, mas a bola já se jogava no meio-campo algarvio, porque o golo fora anulado. E bem, porque Paulo Sérgio tinha o corpo à frente da defesa encarnada. O Benfica tremeu nesse instante. O poste do Olhanense estremeceria depois.

Deixe-nos a sua opinião sobre este assunto, na parte inferior deste artigo...

Moretto não voltou a errar e defendeu um livre de Martins, que foi muito melhor que Gaitán; depois entrou Salvio para o lugar de Aimar e, minuto seguinte, o pé esquerdo de Cardozo fazia o poste direito de Moretto tremer. Apesar disso, de um lance de perigo, o encontro era pouco interessante, tão frio como o ar.

Parece um paradoxo, mas nesta noite não foi. Quando saiu Aimar, apareceu Saviola. O dez do Benfica tinha tentado puxar a equipa para a frente no primeiro tempo e o compatriota nunca o acompanhou; quando Aimar saiu, Martins pegou na batuta e El Conejo surgiu a tabelar com Salvio, com Coentrão, com Cardozo, naquele estilo de jogo que lhe é habitual.

2ª Parte:

O que também é comum é o pequeno camisola 30 esconder-se ao segundo poste para marcar. Foi o que fez no 2-0, ao aproveitar um desvio de cabeça de David Luiz. Jogo resolvido na diferença de dois golos, encontro jogado nos serviços mínimos e pensamento no Schalke, esse sim, decisivo para continuar na Europa. Em suma, o Benfica cumpriu, numa partida que ficará marcada pelo golo de Cardozo, que iguala Mats Magnusson como o maior goleador estrangeiro do clube.

Não perca esta Terça Feira a nova crónica Semanal, destinada ao Benfica, feita pelo nosso amigo Benfica Sempre

Jorge Jesus:
«Tivemos algumas dificuldades, o Olhanense foi muito forte do ponto de vista defensivo. Tivemos dificuldades para entrar na última linha, mas pouco a pouco fomos subindo no terreno e ganhar espaços. É o sexto jogo consecutivo sem sofrer golos em casa, para o campeonato. O resultado é melhor que a exibição. Jogadores como o Pablo (Aimar) não apareceram tão bem como o habitual. As vitórias é que nos moralizam. Gaitán? Ele estava com uma dor na parte posterior da coxa, não entrou tão bem como normalmente.»



Sobre a distância para o F.C. Porto: «Queremos colocar pressão, não podemos falhar e temos de jogar sempre para os três pontos, esperando que o nosso adversário os perca.

Daúto Faquirá:
«Estava a ser um jogo equilibrado, a nossa estratégia estava a surtir efeito, o Benfica não tinha espaços e o Olhanense esteve muito bem organizado sem se remeter a defender. Penso até que as situações de maior perigo foram nossas. Sofrer um golo daquela forma, no fim da primeira parte, foi penalizante, mas foi um momento do jogo, acontece. Mas na segunda parte a equipa voltou ao jogo como pretendia, não nos desequilibrámos. Foi um jogo equilibrado que acabou decidido nos detalhes.»



[Se o resultado foi justo] «Os resultados são sempre justos, quando o Benfica fez dois golos e nós não. Acabou por merecer ganhar. Tivemos várias oportunidades para marcar, podíamos ter ido para intervalo com outro resultado, na segunda parte chegámos perto da baliza do Benfica, mas não conseguimos marcar. Para mim ficou a certeza de que o Olhanense vai fazer um campeonato bonito.»



Texto: maisfutebol

Faça parte do nosso grupo de apostadores na BetClic, e aposte connosco



Blog Widget by LinkWithin

1 comentários:

Postar um comentário

Gostou do que encontrou aqui?

Então agradecemos que comente este artigo que acabou de ler, a sua opinião é bastante importante para nós.
Nos comentários dos artigos escreva apenas o que for referente ao tema.