segunda-feira, 3 de janeiro de 2011 | | By: BestOfFutebol

Benfica vs Maritimo 2-0 (Taça da Liga)

Não têm nome de filósofos, não são gregos, muito menos primeiro-ministros, mas sabem, obviamente, que 2011 não é de facilidades e ainda que o tango é para se dançar a dois. Salvio e Saviola formaram dupla outra vez para começarem o ano conforme saíram do anterior: a marcar e a serem protagonistas em triunfo encarnado. Ao que parece, há uma nova parceria na Luz: Salviola!

O Marítimo até começou o ano melhor que o Benfica. A ideia inicial era surpreender o campeão nacional que, de acordo com o treinador, perdera o ritmo em que vinha. Jorge Jesus entrou em 2011 conforme mandam os economistas: sem grandes gastos, ou seja, a poupar. Assim, seis habituais titulares ficaram de fora, fosse por castigo, lesão ou mesmo para estarem frescos para Leiria.

Moreira e Fábio Faria jogavam os primeiros minutos da época e viam os madeirenses atrevidos a querer fazer nova surpresa na Taça da Liga. A ilusão durou dez minutos. Kardec ocupava o lugar de Cardozo, mas não fazia esquecer o paraguaio: duas grandes ocasiões, duas perdidas. No entanto, o mote estava dado e, após uma falha incrível de Tchô, Salvio fez a rolha saltar do champanhe! O 8 da Luz brindou os adeptos com um golaço e meteu os encarnados em vantagem.

«Para dançar tango são precisos dois e eu não tive parceiro durante meses.» Esta é uma das frases que marcaram 2010 e pode ser, talvez, explicação para os últimos meses de Saviola na Luz. A declaração de José Sócrates serve para ilustrar a dança solitária do argentino, sem se tomar partidos, obviamente, nem inclinações à esquerda ou à direita. O golo de Salvio despertou a equipa e Saviola. El Conejo apareceu, mais uma vez, no sítio certo, à hora certa, num movimento visto e revisto em Portugal. O 8 parece entender-se cada vez mais com Saviola e, curiosamente, os últimos bons jogos de Salvio correspondem a uma subida de rendimento de El Conejo.



O Benfica vencia por 2-0 ao intervalo e se o Marítimo entrara melhor no encontro, os encarnados justificaram a vantagem depois. Pedro Martins tinha feito apenas uma alteração ao onze que terminara 2010, mas a manutenção da equipa e a boa atitude perante (alguma da) segunda linha encarnada não eram suficientes. Já na segunda parte, os madeirenses ainda tiveram lances de golo, como o de Cherrad que entrara para o lugar de Tchô: tal como o colega, no primeiro tempo, o argelino desperdiçou.

Jorge Jesus também começara a trocar peças. Aliás, fora o primeiro a fazê-lo ao tirar o estreante Fábio Faria e colocar César Peixoto. O treinador tentava recuperar mentalmente o camisola 25, assobiado nas últimas aparições na Luz que, ao que parece, ainda não se convenceu da valia do esquerdino.

Vieram ainda Amorim e Jara, Heldon e Alonso. Com o resultado feito e o relógio a correr para o minuto 90, serviu para uns ganharem minutos e outros descansarem, apesar do lance final com a bola a bater na trave de Moreira.

Em suma, Salvio e Saviola fizeram o resultado no primeiro tempo e o Benfica viveu dos rendimentos no segundo. O campeão salta para o topo do Grupo B e fica mais próximo das meias-finais.



Jorge Jesus:
[Com os resultados de hoje, o Benfica aliviou um pouco a pressão, essa passou para outro lado?]
«Esta é uma competição completamente diferente. O facto de termos somado três pontos e outras não o terem feito não quer dizer nada. Temos a mesma pressão, ou seja, jogar para vencer as provas em que estamos inseridos, tentar fazê-lo com qualidade, sobretudo como fizemos no último jogo do campeonato: ganhar e satisfazer os adeptos. Estávamos a caminhar para isso, esta paragem não ajudou nada. Mas estamos em igualdade, porque os outros tiveram a mesma paragem. A nossa vitória não meteu pressão em ninguém.»



[Sobre as possibilidades em revalidar a conquista da Taça da Liga]
«O Benfica é o favorito número nesta competição. Queremos defender com qualidade esta Taça da Liga, mas a responsabilidade que temos em conquistá-la não quer dizer que não possamos lançar outros jogadores. Isso tem a ver com a qualidade do plantel.»

«O próximo jogo é contra o terceiro classificado, que está a fazer um excelente campeonato. A União de Leiria tem bons valores e este ano está mais forte que na época passada. A nossa responsabilidade e pressão é ter de jogar para ganhar, quem está neste clube não pode pensar de outra maneira.

Pedro Martins:
«Entrámos muito bem no jogo, tivemos 10 ou 15 minutos com boa circulação de bola e chegámos, inclusive, a importunar o Benfica. Os primeiros lances são nossos, não conseguimos fazer golo e o Benfica marca no nosso melhor período. O Benfica ficou depois a jogar como gosta e, numa competição muito curta tivemos de arriscar. Na segunda parte fizemo-lo com quatro avançados, não fizemos golo e o adversário aproveitou também a nossa organização indevida. Qualificação? É possível mas não dependemos de nós. Perder na primeira jornada é complicado. O resultado mais acertado seria 2-1, mas quem não marca tem estes dissabores.»



«Se a equipa podia ter sido mais agressiva? Podia. Na segunda parte, não tivemos a agressividade ofensiva que pretendíamos. Felipe Menezes? Não faz sentido falar sobre isso, estou aqui para abordar o jogo. Estou satisfeito, estamos a trabalhar bem.»

Airton:


Texto: maisfutebol


Blog Widget by LinkWithin

2 comentários:

cardozo disse... [Responder a Comentario]

boas sera que da para aranjar a parte em que o david luiz brinca com a bolinha quase no fim do jogo ?

BestOfFutebol disse... [Responder a Comentario]

Cardozo gostávamos de o ajudar, mas não temos essa parte... Já apagamos o resumo do jogo...

Abraço

Postar um comentário

Gostou do que encontrou aqui?

Então agradecemos que comente este artigo que acabou de ler, a sua opinião é bastante importante para nós.
Nos comentários dos artigos escreva apenas o que for referente ao tema.