segunda-feira, 20 de dezembro de 2010 | | By: BestOfFutebol

Setubal vs Sporting 0-3


Mudaram a prova, mudaram as cores, mudaram as vontades também. Vitória e Sporting voltaram a encontrar-se, uma semana depois de os sadinos terem eliminado os leões da Taça de Portugal. Mas na Liga tudo foi diferente, desde os equipamentos às atitudes de uma e outra equipa; também alguns dos intervenientes e, sobretudo, a eficácia. Para além do vencedor, evidentemente. No último jogo do ano, o leão encontrou um Bonfim.

Duas derrotas faziam o leão sangrar. Do presidente ao treinador, do director-desportivo ao adepto comum, todos exigiam mudança. Paulo Sérgio começou por ter de as fazer no onze leonino: sem Postiga e Pedro Mendes, apostou em Abel e Djaló, os autores dos golos. O técnico também pedira outra atitude, afinal, aquilo que promete sempre a quem o emprega. E o Sporting reagiu, com a ajuda do Vitória.

Ao intervalo, terá sido Manuel Fernandes a fazer no balneário o mesmo discurso que Paulo Sérgio teve na sala de imprensa da Academia. O resultado era desfavorável, mas a vontade dos sadinos deixara ainda mais a desejar em 45 minutos.



O 1-0 de Djaló deu justiça ao jogo. Até ao minuto 20, o leão tinha quatro situações de golo contadas, metade delas, é certo, originadas por erros infantis da defesa sadina. Ainda assim, só à quinta o Sporting marcou, por Yannick na primeira coisa boa que o 20 fez no encontro. O 1-0 não era só uma questão de justiça. Era também de serenidade, de tirar um peso dos ombros e, mesmo que o futebol leonino não fosse de gala, pelo menos o murro na mesa dado durante a semana pelos responsáveis tinha reflexo no placard.

1ª Parte:


Manuel Fernandes mexeu de imediato. Tirou o infeliz Anderson do Ó, espelho da exibição sadina, e lançou Henrique. Um remate de Pitbull foi o melhor que o Vitória conseguiu entre um golo e outro, porque o Sporting fez o segundo, depois de ameaçar Diego, que pelo meio fazia uma grande defesa. Abel apontou o 2-0 e o Vitória sentia-o tanto que Ney e Valdomiro entraram demasiado duro e feio sobre adversários. Ao intervalo, o Sporting ganhava em atitude, em capacidade emocional e ganhava também no marcador. O mais relevante, claro.

Portanto, a segunda parte iniciou-se nestes termos. Vitória a menos que na Taça, Sporting um pouco mais e com o resultado invertido. Falou-se na atitude, e essa, entre «grandes e pequenos» (sem desprimor para ninguém) tem de ser sempre igual. Quando o não é, ou cai um gigante na Taça, ou o outro vê as diferenças de orçamento e qualidade bem espelhadas no terreno. O 3-0 de Yannick apenas confirmou o anterior. O mal estava feito no primeiro tempo e, por muito que Manuel Fernandes gritasse para o campo, percebia-se bem quem era o grande no relvado, algo que uma semana antes não estivera tão claro. O Sporting ganhava e controlava a bel-prazer, mesmo que Pitbull atirasse à trave, no finalzinho.

2ª Parte:


Até final, choveu tanto quanto o champanhe que jorra de uma garrafa acabada de abrir. No último jogo de 2010, podia dizer-se que era o espumante que brindava a vitória do leão. Um triunfo justo, sem reparos e que deixa a equipa no terceiro lugar, a 13 pontos do líder. O leão saiu do Bonfim satisfeito e termina o ano a vencer. Porém, a celebração vale apenas por isso mesmo (um pouco mais se for resolução para o Ano Novo) porque de resto, 2010 não deixou grandes motivos para festejar. A comparação entre a História leonina e a diferença de pontos para o líder assim o dizem.

Texto: maisfutebol



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