Benfica vs Rio ave: 5-2

Uma despedida de 2010 nem animada. Jogo na Luz com grandes momentos, sete golos e intenso como poucos, que acabou com uma goleada do Benfica sobre o Rio Ave (5-2), apesar de tudo mais expressiva do que diria o que se viu em campo.

O Benfica reforça o segundo lugar e fica à espera de saber se reduz a desvantagem para o F.C. Porto com uma exibição que honrou, em momentos, o melhor da equipa campeã do ano que agora acaba. Ainda que o grande protagonista tenha sido um reforço, Salvio.

O argentino foi aliás a principal novidade num onze do Benfica com nada menos que oito sul-americanos, mais dois espanhóis e um português. Carlos Martins, na lista de convocados divulgada pela manhã, nem foi para o banco. No Rio Ave, sem Yazalde, Carlos Brito colocou Mendes sobre a esquerda do ataque

Foi um quarto de hora inicial de luxo do Benfica. Grande intensidade, muita mobilidade a desorientar a equipa do Rio Ave. O primeiro golo chegou aos cinco minutos, depois de um passe de David Luiz abrir uma auto-estrada para Aimar aproveitar.

O Benfica insistia, esteve muito perto do segundo golo pouco depois, mas Saviola precipitou-se a intervir num remate-cruzamento de Salvio e o lance foi invalidado por fora-de-jogo. De qualquer modo, chegou logo a seguir o segundo golo. De novo Saviola, com a bola a sofrer ainda um desvio em Tarantini.



Com aquele ritmo, parecia que o assunto estaria arrumado. Mas o Benfica abrandou e na mesma medida o Rio Ave estabilizou e conseguiu organizar-se para reagir. As melhores oportunidades iam sendo ainda assim do Benfica, na cabeça de Javi Garcia, nos pés de Saviola ou de Cardozo.

1ª Parte do Jogo:

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O Rio Ave foi-se aproximando da baliza do Benfica, primeiro tentou João Tomás, depois Bruno Gama ao lado e por fim o inevitável João Tomás marcou mesmo, depois de um belo arranque individual de Mendes. O relógio marcava 43 minutos, o intervalo estava aí e aquilo que meia hora antes parecia uma tarde tranquila para o Benfica mudava de cara.

Desta vez, ao contrário de muitas outras esta época, o Benfica não deixou as dúvidas instalar-se durante muito tempo. No início da segunda parte voltou a colocar pressão no jogo e chegou ao terceiro golo aos 52m, depois de mais uma jogada de Salvio, que abriu para a entrada de Saviola. 3-1. Se havia dúvidas no golo anterior, este é mesmo assinado pelo argentino, que tinha marcado a par com Aimar pela primeira vez na partida anterior, com o Sp. Braga, e repetiu agora.

1ª vídeo da Segunda Parte do Jogo:

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Mas ainda havia muito para jogar. Pouco depois houve João Tomás e¿ Roberto: num remate à queima-roupa do avançado, o guarda-redes do Benfica faz a mancha e afasta. As coisas corriam para o lado do Benfica, ainda que o Rio Ave não tenha desistido de lutar.

A seguir, Salvio começou a cobrar o prémio merecido para uma grande exibição. Dessa vez foi Gaitán quem fez as despesas de armar o lance e o cruzamento, na área saltaram Salvio e Cardozo, o número 8 antecipou-se e cabeceou para o quarto golo do Benfica.

Que mais? Lugar a Jara, em vez de Cardozo, Bruno Gama a falhar uma grande oportunidade para reduzir, Carlos Brito a fazer entrar Braga para tentar ganhar peso na frente e¿ golo do Rio Ave. De penalty, bateu João Tomás, depois de uma mão na bola de Coentrão. E não tardou nada, golo do Benfica.

2ª vídeo da Segunda Parte do Jogo:

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Uff. O jogo levava 75 minutos, a bola sobra depois de um alívio de Paulo Santos, que fica a reclamar falta de David Luiz, e Salvio descobre a oportunidade, faz um grande cabeceamento e marca o segundo da noite.

Estava arrumado o assunto, o Rio Ave adiava de vez o sonho de ganhar pela primeira vez na Luz. Ou de, pelo menos, voltar a pontuar. Antes do final, Salvio esteve muito perto do «hat trick», mas mandou a bola à trave. E Fábio Coentrão viu um vermelho forçado, que o afasta do primeiro jogo de 2011, para a Taça da Liga.

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Jorge Jesus:
«Para além de termos feito 5 golos e ganho o jogo, tivemos o que tínhamos no ano passado, que é futebol de grande qualidade técnica. Foi isso que fizemos no início do jogo. Tivemos 35 minutos diabólicos, podíamos ter feito três ou quatro golos. Há uma grande penalidade sobre o Fábio Coentrão que não é assinalada. Tem sido sempre assim. É mais difícil marcar penalties a nosso favor, mas contra nós tornam-se fáceis.»

«Parabéns ao Rio Ave, que acreditou sempre e penso que o jogo deles valorizou o nosso. Na segunda parte, sem termos tanta qualidade técnica, as coisas tornaram-se mais fáceis. Houve mais espaço e tentámos o contra-golpe. Acabámos por fazer um excelente jogo, até porque o Rio Ave não perdia há dois meses e há cinco jogos consecutivos para o campeonato.»

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Sobre a ausência de Carlos Martins: «O Carlos Martins sentiu-se indisposto depois do almoço. Perguntei-lhe antes do jogo e ele disse que não estava em condições e, assim, não ia para dentro do campo fazer nada. Felizmente, o jogador que entrou jogou muito bem.»

Sobre a distância para o F.C. Porto: «Temos corrido contra o tempo e contra o F.C. Porto. Eles têm vantagem pontual e temos de correr contra essa desvantagem. Sabemos que estamos cada vez melhor e o público dá-nos confiança. Hoje só conseguimos jogar assim porque no jogo com o Sp. Braga o público nos ajudou. Por isso, acho que foi uma boa prenda de natal.»