domingo, 12 de dezembro de 2010 | | By: BestOfFutebol

Benfica vs Braga 2-0 (Taça Portugal)

Tão longe daquilo que foram na época passada, Benfica e Sp. Braga travaram um duelo de depressões que terminou com vitória da equipa da casa. Saviola indicou o caminho do apuramento, para onde Aimar levou o resto da equipa ao cair do pano.

No final da semana em que ambas as equipas disseram adeus à Liga dos Campeões, foi o Benfica a conseguir evitar nova desilusão. O Sp. Braga tem a atenuante de ter visitado a Luz com muitas «baixas», mas quem sofre um golo de lançamento lateral deve queixar-se, antes de mais, de si mesmo.

Ambos os técnicos coincidiram na abordagem ao jogo com uma defesa subida no terreno, o que se acabou por reflectir negativamente na qualidade do espectáculo. Com vinte jogadores de campo concentrados em cerca de trinta metros de relva, o índice de passes errados foi maior.

Perante este congestionamento a meio-campo, dois jogadores apareciam com capacidade para, através de passes longos, explorar o espaço nas costas das defesas: Carlos Martins e Hugo Viana. Sempre que levantava a cabeça, o médio do Benfica procurava a movimentação de Saviola, já que esse não é o forte de Cardozo. «El Conejo» apareceu muitas vezes em posição privilegiada, mas parecia fiel à desinspiração que tem demonstrado esta época. Acabou por ser Luisão, com um remate de fora da área, a obrigar Artur a uma defesa apertada (e de qualidade).

1ª Parte:


A saída do central brasileiro, por lesão, marca depois uma ligeira quebra do Benfica. O Sp. Braga apareceu mais perto da baliza entregue a Júlio César. Hugo Viana começou por tentar a sorte de longe, mas foi Paulo César a silenciar a Luz durante alguns segundos, com um remate à malha lateral (32m). Só que seis minutos depois, e na sequência de um lançamento lateral, o Benfica chegou à vantagem. Saviola abriu uma excepção ao desacerto na finalização, e aproveitou um desvio de Javi García para inaugurar o marcador.


O segundo tempo começa com o Benfica a tentar explorar uma vez mais o eixo Martins-Saviola, mas com o argentino a voltar à fase do desacerto. O Sp. Braga continuava a desperdiçar transições rápidas para o ataque, pelo que Domingos decidiu apostar num ataque mais continuado, com as entradas de Hélder Barbosa e Keita para os lugares de Madrid e Meyong.

A equipa da casa «encolheu-se» ligeiramente, procurou organizar bem a defesa, e só após a entrada de Salvio voltou a procurar assumir o jogo. Com o jogo mais aberto e as defesas mais subidas, Cardozo aparecia finalmente em campo. O paraguaio começou por rematar para as mãos de Artur (60m), brilhou depois com um passe de calcanhar para Salvio (72m), e deixou Jesus em desespero ao falhar um desvio à boca da baliza (79m).

2ª Parte:


O Benfica parecia mais confortável no que o jogo dava, nesta fase, mas a um minuto do fim apanhou um grande susto. Valeu então Júlio César, com uma espantosa intervenção perto da linha de golo, a negar o golo a Alan. Pouco depois seria confirmada a vitória das «águias», com Pablo Aimar a marcar de cabeça, na conclusão de uma jogada em que Salvio atira ao poste.

Jorge Jesus:
[Era a resposta esperada depois da derrota com o Schalke?]
«Esperávamos ganhar, era o grande objectivo. Um jogo de Taça de Portugal é diferente, em termos de estratégia. Era importante marcarmos primeiro, para trabalhar em cima dessa situação. Vencemos bem e é verdade que, depois de uma derrota, uma vitória é o que mais moraliza. Mas não deixamos de esconder que a equipa está ansiosa, nem está tão confiante. Quero agradecer aos adeptos o apoio que deram à equipa. Sentimos que emocionalmente não estamos tão fortes como na época passada.

[O Benfica esteve perdulário. Foi dessa ansiedade?]
«Nalguns momentos sim, mas a segunda parte foi mais aberta. O Sp. Braga deu mais largura, juntou o Paulo César ao Meyong e criou-nos problemas na organização, sem criar ocasiões. Mas também deixou mais espaço e quem nos faz isso permite que nós criemos oportunidades. O jogo foi mais emotivo e competitivo.»





[Gostou da atitude defensiva?]
« É importante não sofrer golos, porque quando o Benfica não sofre nos primeiros 45 minutos normalmente vence. O Sidnei esteve muito bem tecnicamente, esteve confiante e demonstrou aos colegas que podem contar com ele. Num momento que não é fácil, provou que podem contar com ele.»

«Gostei da resposta da equipa. Não somos indiferentes, os jogadores sentem alguma falta de confiança. Conheço-os bem, e em situações normais conseguem ser melhores. Mas hoje era um jogo de coração e a resposta foi muito boa. Os adeptos estiveram com a equipa, quiseram dar confiança. Saímos daqui com uma união entre adeptos e equipa.»


Domingos Paciência:
[Que correu mal?]
Correu mal porque podíamos ter evitado um golo daqueles (1-0). Vínhamos preparados, mas sofremos o golo quando o jogo estava equilibrado. O Sp. Braga teve uma boa primeira parte, não deu muitas situações ao Benfica para chegar à nossa baliza. Na segunda parte, tudo mudou, pena que não chegássemos mais perto da baliza para finalizar. Tivemos momentos bons no jogo, boa posse de bola, boa chegada, mas sem finalização. O Benfica vence porque teve mais uma ou outra situação que nós. Podíamos ter marcado ao minuto 87, mas o Júlio César fez aquela defesa.

«Este ano têm acontecido diversas situações com a equipa, castigos, lesões e a falta de uma pontinha de sorte, que às vezes pode virar o jogo. O Maxi devia ter visto segundo amarelo, depois o David Luiz encosta a mão na cara do Alan. Tenho de dar os parabéns aos jogadores, porque deixaram o Benfica em sobressalto.»



[Fez críticas ao árbitro, o que se passou ao intervalo?]
«Não estou a fazer críticas, estou a analisar e a falar de duas situações que podiam ser diferentes. Nós sabemos o que é jogar com dez, há cinco jogos que o fazemos. Ao intervalo não sei, saí logo para o balneário.»

[O cansaço devido à Champions pesou na equipa?]
«Até na segunda parte a equipa fez boa circulação e criou desequilíbrios. A perder 1-0 temos de arriscar, assumir um bloco mais alto, não foi por falta de frescura, porque também não vi o Benfica com diferente frescura. Não conseguimos ter finalização, tirando a do minuto 87. Tivemos outra do Paulo César e pouco mais. Por isso a equipa esteve bem em posse de bola, mas faltou fazer golo. O Benfica teve mais situações, na segunda parte mais flagrantes. Se podia ter arriscado mais cedo? A meia hora do fim meti os dois jogadores ofensivos que tinha. Queriam que metesse centrais? O Sp. Braga tem muitos jogadores ausentes»

Texto: maisfutebol

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1 comentários:

Anônimo disse... [Responder a Comentario]

O escândalo da Taça de Portugal!!
Não se joga à bola, joga-se à "chapada" !
"Nós seramos os maiores!" (Luisão tem para aí 2m, é verdade! Uma cacetada dele deve doer para caraças!!!)
Jinhoooooooooooo AZULinhooooooooo

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