quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 | | By: BestOfFutebol

Benfica vs Olhanense: 3-2 (Taça da Liga)


A revolução fez-se em ambas as equipas, mas acabou por ser o lado mais frágil a ceder ao esforço que os dois técnicos fizeram para recorrer às segundas escolhas. Mesmo com uma equipa mais revolucionada, o Benfica chegou cedo a uma vantagem confortável, só que depois distraiu-se e permitiu a reacção do adversário.

Acabou por ser Salvio, um dos trunfos saídos do banco, a resolver o jogo. O Benfica está assim bem perto de garantir a presença na fase seguinte desta Taça de Liga, encarada por muitos como uma competição claramente secundária.

David Luiz de regresso ao lado esquerdo da defesa, Felipe Menezes descaído à direita no meio-campo. João Gonçalves adiantado para a zona intermediária. As opções não chocam, mas atestam o exercício que ambos os técnicos terão feito para formar um «onze» que permitisse descansar algumas das principais unidades e dar oportunidade a outras, menos preponderantes.

A Taça da Liga continua a merecer prioridade relativa, por parte dos técnicos, e tanto Jorge Jesus como Daúto Faquirá fizeram várias mexidas nas respectivas equipas. Se o treinador da formação algarvia trocou seis unidades, o homólogo benfiquista foi mais além e alterou dez peças. Comparativamente ao triunfo de Coimbra só sobrou David Luiz, e fora de posição.

1ª Parte:


De regresso ao corredor esquerdo, o internacional brasileiro está na origem do primeiro golo, com um cruzamento que Sidnei amorteceu ao segundo poste, para Javi García concluir à boca da baliza. O Benfica dominou o jogo desde início, e foi com alguma naturalidade que chegou ao segundo golo quando estavam cumpridos 24 minutos. César Peixoto cruzou largo da esquerda e Jara concluiu de primeira, com o pé esquerdo, a justificar a oportunidade.

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O jogo ainda não tinha chegado à meia hora e já parecia sentenciado, mas um golo do Olhanense, à beira do intervalo, recuperou as interrogações. Djamir fugiu à defesa da casa, e após um domínio dúbio (braço ou peito) bateu Moreira.

2ª Parte:


Faquirá lançou dois habituais titulares ao intervalo (Fernando Alexandre e Jorge Gonçalves), passando à equipa a mensagem de que o resultado estava em aberto. A resposta surgiu doze minutos após o reatamento, com Djalmir a conquistar uma grande penalidade e Rui Duarte a fazer o empate.

Jesus teve de sacar dois trunfos: Gaitán e Salvio saltaram logo do banco, com o argentino cedido pelo At. Madrid a precisar de apenas seis minutos para apontar o tento da vitória. Com Djalmir claramente inferiorizado fisicamente, o Olhanense já não teve força para correr novamente atrás do prejuízo.

Destaques Individuais:

Salvio
Saltou do banco (acompanhado por Gaitán) assim que o Olhanense chegou à igualdade, e apenas seis minutos depois apontou o tento da vitória. Um belo golo, diga-se, a iludir o adversário directo com uma simulação e a concluir com um remate em arco, de pé esquerdo, que deixou Ricardo Batista colado ao chão.

Jara
Estreia a titular, aproveitada para marcar o segundo golo pelo Benfica (só tinha marcado na jornada inaugural). Espevito, procurou corresponder ao papel de avançado móvel e iludir a marcação, ainda que nem sempre tenha feito as melhores opções, quando apareceu em situação privilegiada. Sinal claro de falta de confiança, que terá atenuado com esta exibição.

Rui Duarte e Djalmir
Juntos, fabricaram os dois golos do Olhanense. O avançado brasileiro marcou o primeiro a passe do médio português e depois conquistou a grande penalidade que o referido colega converteu em igualdade no marcador. A dupla até esteve perto de fabricar outro golo, pouco depois, mas Djalmir desviou por cima um livre de Rui Duarte. O avançado brasileiro acabou o jogo em claras dificuldades físicas, chegando mesmo a pedir uma substituição já impossível.



Javi García
Misturou-se nas várias alterações de Jorge Jesus, já que tinha falhado o jogo de Coimbra por castigo, mas sem nada a provar. Perante tantas novidades na equipa, e consequente falta de rotinas, preocupou-se ainda mais em criar equilíbrios. Exibição muito sólida, abrilhantada com o golo, o primeiro da noite.

Felipe Menezes
Jorge Jesus deu minutos a vários jogadores que têm sido pouco utilizados, mas à excepção de Jara, os outros não conquistaram muitos pontos junto de treinador e adeptos. Felipe Menezes era aquele que, porventura, tinha mais a provar, e por isso lidera este destaque. É certo que tem a atenuante de ter jogado sobre a direita, mas precisa de jogar com muito mais dinâmica. Roderick acaba por estar ligado aos dois golos do Olhanense, pois em ambos os lances Djalmir foge do seu raio de acção.

Destaques dos Treinadores:

Jorge Jesus, treinador do Benfica, analisa a vitória sobre o Olhanense (3-2), em jogo da 3ª fase da Taça da Liga:

«Tínhamos dois objectivos para este jogo: vencer e dar minutos aos jogadores menos utilizados. Conseguimos os dois. Na primeira parte jogámos muito bem. Praticámos um futebol de qualidade, com dinâmica e criatividade. Ao intervalo não merecíamos ganhar apenas por 2-1. Na segunda parte o Olhanense dividiu mais o jogo. Surpreenderam-nos com dois golos. Dos três jogos que fizemos com o Olhanense, este foi o melhor jogo deles. É uma equipa bem trabalhada, que defende bem.»



[Sobre Salvio] «É um miúdo com muita qualidade. Está a evoluir de semana para semana. Estamos a potenciar as suas qualidades. Quanto ao resto, não tenho mais dados.»

[Sobre David Luiz] «Tem contrato até 2015, embora seja muito cobiçado por grandes clubes europeus. Também é fruto do nosso trabalho, que passa por ganhar títulos e potenciar jogadores.»

[Sobre Carole] «Na comunicação social vêm muitos jogadores. Alguns nem conhecemos, ou não estamos interessados, mas estamos atentos ao mercado. O Carole é um jogador com qualidade.»

Daúto Faquirá, treinador do Olhanense, analisa a derrota no Estádio da Luz (3-2), em jogo da 3ª fase da Taça da Liga:

«Fizemos várias alterações na equipa, o que explica a diferença da primeira para a segunda parte. Para além disso o Benfica entrou muito forte e marcou dois golos cedo. Isto explica a pálida primeira parte. Na segunda parte demos uma imagem diferente, com um jogo mais bem conseguido. Podíamos ter ganho o jogo, mas na fase final tivemos algumas contrariedades, o que nos foi fatal. O importante foi dar uma imagem mais colorida na segunda parte. A equipa deu uma boca resposta. Agora o nosso foco é a Liga.»



Texto: maisfutebol




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