quinta-feira, 18 de novembro de 2010 | | By: BestOfFutebol

Portugal vs Espanha 4-0


Na fronteira do irreal! Ao golear o campeão do Mundo em título, e assinar a exibição mais festiva de há anos a esta parte, a selecção portuguesa deu um passo decidido para sair do abismo de insegurança em que andava mergulhada.

Os 4-0 à Espanha torpedeiam a cumplicidade ibérica, prometida antes do jogo a pretexto do Mundial-2018, mas são mais importantes do que isso. Uma genialidade de Ronaldo na primeira parte foi a fagulha que incendiou o jogo, virando definitivamente a página sobre os tempos em que esta equipa não era capaz de ganhar a Chipre.

Com menos gente nas bancadas do que a ocasião pedia, em pouco tempo se percebeu que não haveria novidade com as três alterações efectuadas por Paulo Bento: Bosingwa não estranhou a passagem para a esquerda, Bruno Alves recuperou a cumplicidade com Ricardo Carvalho e Postiga integrou-se desde o primeiro minuto nas movimentações de ataque.

O jogo encontrou cedo o tom ideal. O lado festivo era ilustrado por pormenores técnicos de primeira linha, de um lado e de outro e a competitividade ficava sublinhada pelas amabilidades trocadas por Ronaldo e Busquets, amarelados em lances sucessivos antes dos 10 minutos, no que pareceu uma antestreia do próximo Barcelona-Real.


Ronaldo passou os 20 minutos seguintes em dificuldade, esbarrando por sistema numa dupla parede, entregando o protagonismo no lado português a Moutinho (colossal!) e Meireles, que brilhavam a grande altura na pressão e nas intermitências que causavam ao tiki-taka espanhol. Avisos de Iniesta e, principalmente, David Silva, que cabeceou para fora com Eduardo batido, ilustraram essa fase em que a Espanha pareceu mais confortável no jogo, sem que, em algum momento, Portugal pagasse tributo de medo ao campeão do Mundo.

O segundo acto chegou através com um monumento estropiado: aos 37 minutos, pela primeira vez com espaço, Ronaldo explodiu para um dos melhores golos da carreira, antecedendo um chapéu insolente a Casillas com um nó cego sobre Piqué. A sofreguidão de Nani e a má avaliação do auxiliar, não detectando que a bola já estava dentro no momento do seu toque, invalidaram a acção. E privaram a candidatura ibérica ao Mundial 2018 do melhor cartaz de propaganda que o Mundo poderia ver.

Apesar do desfecho inglório, esse lance destapou o génio de Ronaldo. Num ápice, o jogo pegou fogo para o lado espanhol, e Carlos Martins viu Piqué negar-lhe um golo no lance seguinte, antes de, sobre o intervalo, abrir o marcador após mais uma ruptura explosiva de Ronaldo na esquerda, com Busquets como vítima.

Poderia pensar-se que as substituições ao intervalo iam voltar a nivelar o jogo, até porque Ronaldo já não estava em campo. Mas o impensável aconteceu: enquanto Portugal ganhava asas, sempre com Moutinho e Meireles com motores de arranque, o rendilhado espanhol perdia sentido e motivação.




Com mais espaços do que parecia possível, a selecção portuguesa começou a recriar-se, cozinhando cedo um segundo golo brilhante, com Nani e Moutinho a prepararem o calcanhar festivo de Postiga (2-0 49 minutos).

O deslumbramento estava a um passo, e Nani demonstrava-o, com nova infantilidade perante Casillas. Mas entre olés perfeitamente desnecessários, Portugal prosseguia a demolição estrondosa de um campeão mundial à deriva, imitando o que a Argentina já fizera.

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Postiga sublinhou o renascimento com o seu segundo golo da noite (68 m), e o jogo entrou no último acto, o menos intenso e empolgante dos três, encerrado com a última estocada, de Hugo Almeida. Para a História, ficou o registo de maior vitória de sempre sobre a Espanha, e também o melhor resultado frente a um campeão do Mundo em título.

Fica também o reforço da convicção que, depois de um longo eclipse a lutar contra inseguranças e temores a Selecção volta a poder olhar sem medos para adversários de primeira linha, tentando impor-lhes argumentos e identidade próprias. Mas essa é uma convicção que o futuro terá de confirmar em jogos a doer.

Entrevistas com os Treinadores das duas Equipas:

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Entrevistas com todos os Jogadores da Selecção Nacional:

Nutri-BemEstar




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5 comentários:

Anônimo disse... [Responder a Comentario]

Quanto a mim, Portugal ganhou 5 - 0 á Espanha e ponto final, fim de conversa.
Parece que agora está na moda espetar 5 golos...

Como diria o Nelson nos Simpsons: HA-HA !!!

5audaçõe5 Porti5ta5

Álvaro Pinhal

António disse... [Responder a Comentario]

Não concordo com a maneira que despediram o carlos queiroz, mas aqui esta mais uma prova que o carlos queiroz estava a +!

Valentim Oliveira disse... [Responder a Comentario]

Parabéns ao Paulo Bento e a todos os jogadores.
Desvaneceram-se as duvidas da fraca competência do
Carlos Queirós.

BestOfFutebol disse... [Responder a Comentario]

@Valentim Oliveira
Queria deixar uma questão...
Foi com 6 treinos que a selecção e os jogadores começaram a jogar? Ou melhor a diferença viu-se logo no 1º Jogo...

O que devíamos de falar, não era do Queiroz que tentou dar o seu melhor, era questionar como é possivel os jogadores não o darem, e colocarem problemas pessoais e os seus Egos acima de uma nação e do seu País... Ou pensam que aquela declaração do Mourinho foi desprovida de intenções... Ele sabia o que se passava...

Alem do mais não se faz o que se fez ao Queiroz... Mesmo eu admitindo e não tendo gostado da prestação dele como treinador, mas depois do que tenho visto, so me prova que estava certo e que as Jogadores é que são os maiores culpados e nao o queiroz...

É triste quando todos sempre colocam as culpas nos treinadores... E ninguem fala o que deve ser falado...!

Valentim Oliveira disse... [Responder a Comentario]

(A) BestOfFutebol.
Sim! Os jogadores também contribuíram para a má prestação do futebol jogado, mas continuo com a minha opinião, o treinador não era o mestre ideal.

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